terça-feira, 28 de julho de 2009

Sou passional e não nego!

"Mato por amor, mas não mato o amor." Prefiro estar perturbada por um amor ao invés de segura, calma e salva fora dele. Amor resolvido ou não, pouco importa. Que eu perca a cabeça, o saldo, a casa, os gostos."
Não é apenas pelo ciúmes, é por algo que nem tem nome, que nem sempre apresenta nexo, é pelo direito à senti-lo, é pelo desejo de respeito, com a sinceridade, suportei despedidas, críticas, desaforos, avisada do fim do namoro. As Feridas nem sempre cicatrizam, e sempre parece que temos a obrigação de demostrar que elas estão curadas. Digo: Algumas encontram no tempo jeitos que acalmam, que revigoram o corte! Um dia as marcas voltam a sangrar, se você apenas resolve estancar com açúcar ou café, o resultado não poderá ser outro, a não ser a (re) abertura! Cansei de ser a complácivel, a que tudo suporta, a inabalável. Sou frágil, choro, guardo mágoas, rumino pensamentos, entro em conflitos - Já tive vontade de mandar a sinceridade ir pra qualquer lugar."Posso ser sincero?" é sinônimo de "agüente sem gritar". Expressa arrogância. Sou contra a catarse de falar para ocupar espaço. Falar para exorcizar, para esvaziar a consciência. Falar o que se pensa não é falar o que se deseja. E em questão de segundos, me percebo e sou capaz de me sentir uma completa idiota por tudo, por amar, por sofrer. Reparo nas pessoas ao redor e me coloco a adivinhar se alguma delas experimenta o mesmo torpor silencioso de mastigar as palavras e não digeri-las ou cuspi-las como eu. Quisera resistir mais. Mas eu faço comigo a minha pior vingança. Amar demais é o mesmo que não amar. A sobra é o mesmo que a falta. Sofro incompetência natural para medir a linguagem do que não vejo


*O dia está lento e não haverá movimento nas ruas.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Distância e Distanciamento

"Sendo obrigado a ficar separado da namorada ou namorado, o que fazer? Morar em casas diferentes, cidades diferentes, países diferentes não revela distância. A distância mais difícil de ser superada é a do costume: a psicológica, a que não permite abraços efusivos e brincadeiras, que paralisa e planifica os sentimentos com os anos de convivência.
É um lugar-comum dizer que é fácil uma relação dar certo sem que os dois se vejam. Mas quem namora afastado não está convencido da conquista e se põe a trabalhar para surpreender. Acautela-se para não sacrificar o que está começando. Exercita mais antes de falar. Procura a toda hora uma forma de chamar atenção. Fiscaliza, atualiza a relação, olha ao telefone ou a caixa de mensagens com curiosidade inquisidora. Corre risco, cobre a aposta, suscetível a enganos, comédias e foras. Aprende a ver longe para não permanecer longe. Distância não é distanciamento. A primeira é física, o segundo é emocional.
Tudo é questão de matemática. Melhor ser dois no tempo sendo um no espaço do que ser um no tempo para ser dois no espaço. Dividir o mesmo teto é pouco perto de dividir o mesmo texto. Os casais separados pela força das circunstâncias não ficam com receio das juras e das promessas. Preocupam-se com sutilezas e detalhes. Não têm vergonha da vergonha. Não estão condicionados ao amor como posse, mas como incerteza. Conhecem quem são pela intensidade de sua busca. Esforçam-se para que a carne seja a lembrança de outra carne, a pele seja a lembrança de outra pele. O esforço é compreensão e a esperança, uma espécie de justiça.
A falta de imaginação termina com qualquer coisa, das atitudes mais complexas às mais simples. Como não colocar um ingrediente a mais ao seguir uma receita? É inevitável. Os melhores cozinheiros são de olho. Minha avó nunca anotou nenhum de seus pratos, porque me dizia: "a comida é que me diz quando está pronta, não eu". Erra-se para acertar. E quando se acerta, com um toque pessoal, parece um milagre.
Sem reagir à vida, não há experiência, há acomodação. Não é de estranhar que o medo de ver um nascimento é maior do que ver uma morte. Desmaiar num parto é mais fácil do que desmaiar diante de alguém que parte. Casais que se julgam definitivos porque moram juntos perdem o medo solidário de nascer (todo mundo que nasce precisa de ajuda) para deixar o medo mesquinho de morrer tomar conta da relação (todo mundo que morre, morre sozinho). O desejo não combina com segurança e senhas. O desejo é não saber o que vai acontecer depois. Os namorados e namoradas apartados por uma questão de trabalho, de residência ou de família estão dispostos a se encontrar dentro dos próprios desencontros. O círculo perfeito é muito apertado. Agrada-me a elipse, a hesitação, a fresta para arejar os afetos. Uma alegria breve pode vir a ser uma alegria interminável."

Ora pois..


E o silêncio virou ação, movimento, som!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

E a distância se aproxima do final..

E mais uma vez a distância se faz presente.
Embora seja apenas a do espaço, da interrupção dos beijos, do cheiro, do toque, do calor do abraço, do encontro dos olhos . Há momentos em que te sinto tão perto, que até parece injusto dizer que estamos tão longe.
O seu 'desespero' me aflige, mas a solução está próxima.
Tudo parece realmente uma provação, uma provocação do que desconheço para se ter uma leve certeza do que realmente se quer. Pois, a certeza demais, a confiança demais, a segurança demais e de quem a detém, me assusta, não acredito em pessoas certas demais, que sabem demais, segura demais, sempre fica um 'ar' de que por detrás de tudo o que se mostra, se esconde uma outra verdade.
Acredito na minha felicidade, no meu amor, no teu amore isso tem-me bastado.
Não estou mais sozinha nessa distância, existe um nós, existe ELE, que nos aproxima ainda mais.

Compreendendo..

No caminho onde o amor impera, existe uma felicidade guardada que ora se derrama, ora se dosa a conta-gotas quase que para provocar um receio. É que não estamos nunca de todo conquistados e até os laços mais eternos também têm suas fragilidades. E, ao mesmo tempo em que numa relação saudável podemos ser tão transparentes, há um pequeno mistério a ser constantemente desvendado. Como se em determinados momentos, tivéssemos que segurar o suspiro, ou guardar a frase de efeito para hora mais adequada. Como quando mesmo com muita vontade de dormir junto, tivéssemos que escolher a saudade pra valorizar aquele abraço. Amor assusta e dói, mesmo quando é só prazer. Toda possibilidade de passo contém em si a do tropeço.E é assim que a vida trama o inusitado para que a alegria não se esvazie na previsibilidade dos tempos. Não existe fórmula para que o amor dê certo, posto que tudo é tão dinâmico sempre. Mas existem duas virtudes que suavizam quaisquer conflitos: a compreensão e a paciência. Compreender é um exercício de alteridade: você, ao invés de julgar, se coloca no lugar do outro numa passividade profunda até que haja sentido nas atitudes, pensamentos e argumentos dele.E a paciência que se precisa ter pra esperar os processos, o amanhecer, a chegada do fim da tarde pro reencontro. Paciência para esperar que todos os sentimentos se acomodem em meio a todo aquele amor desmesurado. Em meio a todo aquele medo de que tudo dê errado. Compreensão e paciência podem preencher o vazio mais maciço. E as duas provêm de uma sensibilidade lapidada. O que se ganha com isso, além de uma evolução mútua dentro de um relacionamento, é um melhoramento individual de ambas as partes. Estar com alguém sem transformar-se é esterilizar uma importante etapa de aprendizado. Estar com alguém sem conhecer-se é subjugar o Universo que existe em cada um. Estar com alguém sem estar inteiro é minar a oportunidade mais especial de encontro. Não é preciso aceitar para compreender, nem estar passivo pra ser paciente. O que essas duas virtudes exigem é respeito: por si, pelo outro e pelo desenrolar dos fatos. Quando estamos UNOS com o TODO podemos perder o ritmo na Dança do Universo, mas permaneceremos sempre de mãos dadas.

sábado, 18 de julho de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

Sou passional e não nego!

"Mato por amor, mas não mato o amor." Prefiro estar perturbada por um amor ao invés de segura, calma e salva fora dele. Amor resolvido ou não, pouco importa. Que eu perca a cabeça, o saldo, a casa, os gostos."
Não é apenas pelo ciúmes, é por algo que nem tem nome, que nem sempre apresenta nexo, é pelo direito à senti-lo, é pelo desejo de respeito, com a sinceridade, suportei despedidas, críticas, desaforos, avisada do fim do namoro. As Feridas nem sempre cicatrizam, e sempre parece que temos a obrigação de demostrar que elas estão curadas. Digo: Algumas encontram no tempo jeitos que acalmam, que revigoram o corte! Um dia as marcas voltam a sangrar, se você apenas resolve estancar com açúcar ou café, o resultado não poderá ser outro, a não ser a (re) abertura! Cansei de ser a complácivel, a que tudo suporta, a inabalável. Sou frágil, choro, guardo mágoas, rumino pensamentos, entro em conflitos - Já tive vontade de mandar a sinceridade ir pra qualquer lugar."Posso ser sincero?" é sinônimo de "agüente sem gritar". Expressa arrogância. Sou contra a catarse de falar para ocupar espaço. Falar para exorcizar, para esvaziar a consciência. Falar o que se pensa não é falar o que se deseja. E em questão de segundos, me percebo e sou capaz de me sentir uma completa idiota por tudo, por amar, por sofrer. Reparo nas pessoas ao redor e me coloco a adivinhar se alguma delas experimenta o mesmo torpor silencioso de mastigar as palavras e não digeri-las ou cuspi-las como eu. Quisera resistir mais. Mas eu faço comigo a minha pior vingança. Amar demais é o mesmo que não amar. A sobra é o mesmo que a falta. Sofro incompetência natural para medir a linguagem do que não vejo


*O dia está lento e não haverá movimento nas ruas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Renovar


Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Distância e Distanciamento

"Sendo obrigado a ficar separado da namorada ou namorado, o que fazer? Morar em casas diferentes, cidades diferentes, países diferentes não revela distância. A distância mais difícil de ser superada é a do costume: a psicológica, a que não permite abraços efusivos e brincadeiras, que paralisa e planifica os sentimentos com os anos de convivência.
É um lugar-comum dizer que é fácil uma relação dar certo sem que os dois se vejam. Mas quem namora afastado não está convencido da conquista e se põe a trabalhar para surpreender. Acautela-se para não sacrificar o que está começando. Exercita mais antes de falar. Procura a toda hora uma forma de chamar atenção. Fiscaliza, atualiza a relação, olha ao telefone ou a caixa de mensagens com curiosidade inquisidora. Corre risco, cobre a aposta, suscetível a enganos, comédias e foras. Aprende a ver longe para não permanecer longe. Distância não é distanciamento. A primeira é física, o segundo é emocional.
Tudo é questão de matemática. Melhor ser dois no tempo sendo um no espaço do que ser um no tempo para ser dois no espaço. Dividir o mesmo teto é pouco perto de dividir o mesmo texto. Os casais separados pela força das circunstâncias não ficam com receio das juras e das promessas. Preocupam-se com sutilezas e detalhes. Não têm vergonha da vergonha. Não estão condicionados ao amor como posse, mas como incerteza. Conhecem quem são pela intensidade de sua busca. Esforçam-se para que a carne seja a lembrança de outra carne, a pele seja a lembrança de outra pele. O esforço é compreensão e a esperança, uma espécie de justiça.
A falta de imaginação termina com qualquer coisa, das atitudes mais complexas às mais simples. Como não colocar um ingrediente a mais ao seguir uma receita? É inevitável. Os melhores cozinheiros são de olho. Minha avó nunca anotou nenhum de seus pratos, porque me dizia: "a comida é que me diz quando está pronta, não eu". Erra-se para acertar. E quando se acerta, com um toque pessoal, parece um milagre.
Sem reagir à vida, não há experiência, há acomodação. Não é de estranhar que o medo de ver um nascimento é maior do que ver uma morte. Desmaiar num parto é mais fácil do que desmaiar diante de alguém que parte. Casais que se julgam definitivos porque moram juntos perdem o medo solidário de nascer (todo mundo que nasce precisa de ajuda) para deixar o medo mesquinho de morrer tomar conta da relação (todo mundo que morre, morre sozinho). O desejo não combina com segurança e senhas. O desejo é não saber o que vai acontecer depois. Os namorados e namoradas apartados por uma questão de trabalho, de residência ou de família estão dispostos a se encontrar dentro dos próprios desencontros. O círculo perfeito é muito apertado. Agrada-me a elipse, a hesitação, a fresta para arejar os afetos. Uma alegria breve pode vir a ser uma alegria interminável."

Ora pois..


E o silêncio virou ação, movimento, som!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

E a distância se aproxima do final..

E mais uma vez a distância se faz presente.
Embora seja apenas a do espaço, da interrupção dos beijos, do cheiro, do toque, do calor do abraço, do encontro dos olhos . Há momentos em que te sinto tão perto, que até parece injusto dizer que estamos tão longe.
O seu 'desespero' me aflige, mas a solução está próxima.
Tudo parece realmente uma provação, uma provocação do que desconheço para se ter uma leve certeza do que realmente se quer. Pois, a certeza demais, a confiança demais, a segurança demais e de quem a detém, me assusta, não acredito em pessoas certas demais, que sabem demais, segura demais, sempre fica um 'ar' de que por detrás de tudo o que se mostra, se esconde uma outra verdade.
Acredito na minha felicidade, no meu amor, no teu amore isso tem-me bastado.
Não estou mais sozinha nessa distância, existe um nós, existe ELE, que nos aproxima ainda mais.

Compreendendo..

No caminho onde o amor impera, existe uma felicidade guardada que ora se derrama, ora se dosa a conta-gotas quase que para provocar um receio. É que não estamos nunca de todo conquistados e até os laços mais eternos também têm suas fragilidades. E, ao mesmo tempo em que numa relação saudável podemos ser tão transparentes, há um pequeno mistério a ser constantemente desvendado. Como se em determinados momentos, tivéssemos que segurar o suspiro, ou guardar a frase de efeito para hora mais adequada. Como quando mesmo com muita vontade de dormir junto, tivéssemos que escolher a saudade pra valorizar aquele abraço. Amor assusta e dói, mesmo quando é só prazer. Toda possibilidade de passo contém em si a do tropeço.E é assim que a vida trama o inusitado para que a alegria não se esvazie na previsibilidade dos tempos. Não existe fórmula para que o amor dê certo, posto que tudo é tão dinâmico sempre. Mas existem duas virtudes que suavizam quaisquer conflitos: a compreensão e a paciência. Compreender é um exercício de alteridade: você, ao invés de julgar, se coloca no lugar do outro numa passividade profunda até que haja sentido nas atitudes, pensamentos e argumentos dele.E a paciência que se precisa ter pra esperar os processos, o amanhecer, a chegada do fim da tarde pro reencontro. Paciência para esperar que todos os sentimentos se acomodem em meio a todo aquele amor desmesurado. Em meio a todo aquele medo de que tudo dê errado. Compreensão e paciência podem preencher o vazio mais maciço. E as duas provêm de uma sensibilidade lapidada. O que se ganha com isso, além de uma evolução mútua dentro de um relacionamento, é um melhoramento individual de ambas as partes. Estar com alguém sem transformar-se é esterilizar uma importante etapa de aprendizado. Estar com alguém sem conhecer-se é subjugar o Universo que existe em cada um. Estar com alguém sem estar inteiro é minar a oportunidade mais especial de encontro. Não é preciso aceitar para compreender, nem estar passivo pra ser paciente. O que essas duas virtudes exigem é respeito: por si, pelo outro e pelo desenrolar dos fatos. Quando estamos UNOS com o TODO podemos perder o ritmo na Dança do Universo, mas permaneceremos sempre de mãos dadas.

sábado, 18 de julho de 2009

Entre o social e o respeitável

Algumas atitudes confundem
Algumas palavras magoam
A tua certeza, conforta
Porém o Amor Prevalece.