sexta-feira, 13 de agosto de 2010

(...)


Hoje acordei com menos certezas do que nunca... Tomei um pouco do Sol que chegou, timidamente, e senti uma fisgada de dor ao pensar nas dúvidas impregnadas em mim... Não parei para refletir profundamente. Seria muito exigir isso agora. Somente fui tomada pela sensação do não-saber...
À deriva percorro estradas que não têm um destino exato... Olho o horizonte em busca de soluções... Fecho os olhos e deixo que o vento me conduza para alguma direção. Mas, ao abri-los, só tenho um horizonte que me lança questionamentos que não posso responder...
Meu olhar se perde, no final do dia, ao ver o Sol despedir-se sem nenhuma esperança que possa consolar-me...
Caminho mais um pouco e vejo surgir a primeira estrela... Seu brilho me faz lembrar de tantos outros astros que já admirei em diversos momentos. A luminosidade de hoje, porém, é turva e confusa... Não consegue me guiar a lugar algum...
Chego em casa e, ao abrir o portão de entrada, sinto um dor um pouco mais latente...
A minha vida, neste instante, é um quebra-cabeça que não consigo montar. Não sei onde está o começo de tudo...
Sento-me e ponho a mão direita sobre o queixo, como se estivesse a contemplar o que se faz incompreensível...

Tudo mudou em volta...

Suspiro e tomo um copo com água... Olho para minhas mãos e percebo que elas não são mais tão jovens. Contudo, gosto de admirá-las num gesto que exprime a convicção de se ter apenas o próprio corpo.
A cabeça necessita de um travesseiro e os pensamentos desejam somente um sono tranqüilo...
Meus olhos cansados aos poucos se fecham... Posso enxergar o meu mundo de pernas para o ar cedendo espaço a uma nova vida que precisa nascer...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

(...)


Hoje acordei com menos certezas do que nunca... Tomei um pouco do Sol que chegou, timidamente, e senti uma fisgada de dor ao pensar nas dúvidas impregnadas em mim... Não parei para refletir profundamente. Seria muito exigir isso agora. Somente fui tomada pela sensação do não-saber...
À deriva percorro estradas que não têm um destino exato... Olho o horizonte em busca de soluções... Fecho os olhos e deixo que o vento me conduza para alguma direção. Mas, ao abri-los, só tenho um horizonte que me lança questionamentos que não posso responder...
Meu olhar se perde, no final do dia, ao ver o Sol despedir-se sem nenhuma esperança que possa consolar-me...
Caminho mais um pouco e vejo surgir a primeira estrela... Seu brilho me faz lembrar de tantos outros astros que já admirei em diversos momentos. A luminosidade de hoje, porém, é turva e confusa... Não consegue me guiar a lugar algum...
Chego em casa e, ao abrir o portão de entrada, sinto um dor um pouco mais latente...
A minha vida, neste instante, é um quebra-cabeça que não consigo montar. Não sei onde está o começo de tudo...
Sento-me e ponho a mão direita sobre o queixo, como se estivesse a contemplar o que se faz incompreensível...

Tudo mudou em volta...

Suspiro e tomo um copo com água... Olho para minhas mãos e percebo que elas não são mais tão jovens. Contudo, gosto de admirá-las num gesto que exprime a convicção de se ter apenas o próprio corpo.
A cabeça necessita de um travesseiro e os pensamentos desejam somente um sono tranqüilo...
Meus olhos cansados aos poucos se fecham... Posso enxergar o meu mundo de pernas para o ar cedendo espaço a uma nova vida que precisa nascer...