terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ando sem medo de caminhar, sem medo de perder, sem medo de arriscar! Ando sentindo uma leveza que custou a chegar! Ando sorrindo.
A aceitação que eu buscava vinha de uma falsa compreensão que eu oferecia ao outro. Quantas foram as vezes em que eu simplesmente estava entediada com o drama alheio e me fiz prestativa e disponível no instante em que eu só queria respeitar minha vontade de solitude e ficar absorta nos meus próprios devaneios. Quanto tempo foi gasto procurando coisas e pessoas que preenchessem minhas lacunas quando eu apenas precisava do vazio; de estar comigo na feiúra e na beleza que carrego.
Sou tão humana, Meu Deus! E no processo de lapidação, joguei fora algumas das minhas arestas, que talvez fossem o que eu tinha de mais valioso.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Segundos

E de repente, num súbido piscar de olhos o mundo desaba sob o teto onde a paz havia reinado. Mexer no que está quieto pode ser perigoso. Num ímpeto de pura ansiedade o qual virou habito no corpo alheio surge uma voz de ordem como se tudo ao redor lhe devesse a vida, o chão. No caminho uma tensão, nada leve, deixando o ar denso. Na chegada, olhares estranhos. E, em mais um repente aquele sentimento devorou-a como um animal selvagem, se viu em um estado de pura ira, no qual a vontade era  matar aquele ser cuja, presença despertou o que havia adormicido há tempos. Seu corpo: foi tomado por completo, fazendo com que seu coração, pulmão, estômago praticamente saissem pela boca a qual encontrava-se seca. Dos olhos as lágrimas caiam sem a sua própria vontade; a sensação de extrema vida. A sensacção de quase-morte.
 Seu pensamento: um turbilhão de coisas guardadas, um filme com flashes horrendos, a sensação de quase-morte, um sorriso dela em meio a tudo isso. e diante essa única lembrança em meio a tantas coisas ruins, ela se aguarra e tenta votar pra sua  vida, prá sua própria vida. Dormiu e acordou coma boca amarga!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Qualquer semelhança.

Então, Clarisse percebeu que não dava mais prá levar a vida assim, e descobriu algo tão óbvio quanto-dois-mais-dois : Tudo depende dela, somente  dela. A vida com João é mágica, mas João vem com pacote sem brinde; Tem Joana que teima em acabar com a magia existente naquele pequeno e doce lar, Joana se diz desintendida, mas isso é o que ela menos tem, é sagaz. Joana tinha Mário que vacilou por uma outra, como todo homem insatisfeito com a vida e com tudo acaba fazendo, agora ela pensa que João é seu marido, e se afugenta entre as pernas dele como uma criança se protegendo de um futuro que apenas ele poderá lhe oferecer, incerto, daqueles tipo sem renda fixa, aposentadoria, sem nenhuma garatia, mas um futuro. Clarisse, espera que João aviste a situação e compreenda que o pequeno doce lar, sempre cabe mais um, mas uma distância é exigida para que a ordem possa trazer a paz de um cotidiano conjugal.O tempo voou, algumas mudanças aconteceram, Clarisse pacientemente esperou e vez ou outra reivindicou o que lhe é seu por direito. Ela não é dessas que esconde sentimentos bons ou não por trás de sorriso amarelo. Clarisse consegue ser apenas ela, com cores vibrantes, frias, pálidas, fúnebres. Ama as flores, cheiros, a sua cria e João.


Qualquer semelhança n.ã.o é mera coincidência


quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sobre ela .

Um dia abriu os olhos e sentiu que não ia ser nada fácil, como nunca foi. O fácil acaba sendo muito relativo vindo daquela mente tão perturbada, alucinada e muitas vezes completamente insana. Foi de mansinho, com passos receosos que ela começou e re-começou, não forçou sorriso, isso é demais pra uma pessoa assim - feito ela. O sorriso é coisa pura e deve por excelência sair de dentro pra fora sem forçar gentileza. deve vir do coração,embora o seu seja um pouco excêntrico, mas nem por isso menor que não caiba os poucos amigos, algumas felicidades, muitas lembranças o amor pelas flores e algumas dores. seguiu em frente algumas vezes, parou por força do destino, pela mente perturbada, parou por opção. Aprendeu que o melhor de cada escolha é o aprendizado. E mais uma vez seguiu sem direção- Lembrando: por conta da perturbação - Percebeu que o rumo acaba virando consequencia e que se sentir vazia é a melhor parte - Ressaltando que no vazio é que se preenche e se completa e se comtempla todas e tantas possibilidades. E pensar que ela já quis partir desse mundo. O sobrenatural não é o imaginário, não é o que acontece em outro mundo; o sobrenatural é aquilo que quase-acontece em nosso mundo, ou melhor, ao nosso mundo, transformando-o em um quase-outro mundo. Quase-acontecer é um modo específico de acontecer: nem qualidade nem quantidade, mas quasidade. Não se trata de uma categoria psicológica, mas ontológica: a intensidade ou virtualidade puras. O que exatamente acontece, quando algo quase acontece? O quase-acontecer: a repetição do que não terá acontecido? Por outra: todo quase-acontecer teria sempre a forma de um quase-morrer? “Quase morri...” – essas são as histórias que vale a pena contar.
O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.

Lição número 5.237

Aprendeu com marra e delicadeza de olhar, controlar o ímpeto dilacerante sentimento amargo do peito..
Com aqueles olhos e jeito, num mix de ternura e macheza a lá bukowisk.

domingo, 29 de maio de 2011

O tempo

Em um único segundo se descobre a imensidão existente entre você e o passado, em um mísero segundo, em um longo suspiro você pára e sente e tudo muda, com um complexo movimento dos olhos abrindo e fechando. O coração se aperta e  sua cabeça tenta entender como tudo esta acontecendo - Se antes a esse segundo ele estava inflado de alegria e simplesmente tranquilo. Como pode tudo mudar? como pode o passado supostamente esquecido  se emaranhar ao presente? e você percebe que ele não está esquecido, somente adormecido entre lembranças. Qual a medida exata da importância que se deve dar a isso tudo? e você mais uma vez lembra que não é muito boa pra medidas exatas, que sempre pendeu-se mais prá lá do que pra cá ou prá cá do que prá lá..

___________________________________________________________________________________

Talvez devesse olhar mais pro meu Eu, pros meus olhos, abrir mais meu sorriso, olhar prá novos olhares, deixar meu coração mais livre, pensar menos e sentir mais! Alegrar-me mais que entristecer. Me permitir e sofrer menos, mandar minhas fantasias pro alto para que o vento às leve pra longe, bem longe..

O tempo! quem sabe ele me ensine a SER assim.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pensamentos bipolares alcoolizados

Uma mensagen da amiga; palavras encardidas e mais: Uma imensa forcinha pra recordar os acontecimentos de um belo final de semana quase esquecido pela quantidade de alcóol ingerida. A curiosidade me assombra.  - E agora o terás acontecido? Mas, a santa do Pau duro e do cu oco, faz sentido, e como faz...

Aguardo maiores encardições, desde já agradeço!


;)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lição número 5.234

identifique as coisas, pessoas, hábitos ou situações que não lhe servem mais e gentilmente se despeça de tudo isso. Esta é a hora de separar o joio do trigo, de encarar a necessidade de abrir mão de todas as coisas as quais você se apega, mas que não fazem mais sentido. Pode ser um processo doloroso, mas você entenderá como se trata de algo necessário.

Antes e Depois


Antes de ter um filho:

- você começa a se arrumar uma hora e meia antes do horário planejado para sair, toma banho calmamente, escova os cabelos, faz a maquiagem, mesmo que sutil, escolhe a roupa, se veste, tira a roupa, escolhe outra e repete o processo três vezes,mesmo que seja pra botar o velho jeans de sempre, o tênis surrado e a clássica Hering branca, escolhe os acessórios, se olha quatro vezes em cinco ângulos diferentes no espelho, faz um lanchinho, escova os dentes, dá uma última retocada na maquiagem, escova a franja pela última vez, sacode os cabelos e vai.

Depois de ter um filho:

- você começa a se arrumar três horas antes do horário planejado para sair, toma banho e lava os cabelos em dez minutos, lembra-se de que condicionador, escova e prancha alisadora são luxos desnecessários, sai do banheiro com a toalha nos cabelos, pega a roupa previamente escolhida na noite anterior enquanto o bebê dormia e veste sem pensar, vai atrás do filho que chora no colo do pai, dá banho nele, coloca a fralda e lembra de caprichar na pomada contra assaduras, amamenta, faz arrotar, devolve pro pai, troca a blusa que ele sujou de leite com baba, seca a franja e usa um creminho no resto do cabelo se convencendo que o look "meu nome é Gal" tá na moda, faz maquiagem básica em dois minutos, come algumas bolachas enquanto escolhe o chinelo , escova os dentes enquanto grita pro pai segurá-lo em sua posição preferida pra ele parar de chorar, passa de novo o batom ao passo que já confere o visual frente e verso em poucos segundos, arruma a mala do bebê com três peças de roupa reserva, fraldas, fandangos, mamadeiras, chupeta e medicamentos pro caso de febre/ dor/ cólica, pega o bebê de volta, embala-o nos braços, olha para aquela carequinha cheirosa, ajeita a roupinha, cafunga o cangote, tira foto do novo look bebezístico, admira o quanto ele está lindo, ajeita-o no bebê conforto e, por fim, sai. Atrasada, por mínimo, 30 minutos. Mas, sair? Onde ? quando? No máximo supermercado querida, sua vida de barzinho com as amigas já eram. O Marido não sai pra lugar nenhum a não ser mecânicos e afins, você mora numa cidade considerada um paraíso total. Paraíso pra quem cara pálida?


E mesmo assim, esse pedacinho de pescoço fedido me faz FELIZ.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre sentimentos que nem palavras explicam

Tão pequena e tão sábia.
Me pego toda boba olhando tanta evolução em tão pouco tempo. Os primeiros passos já foram dados, as primeiras falas proferidas, agora as primeiras frases. Todas enroladas que apenas um bom ouvido de  mãe entende. Tudo tão sublime, divino. Esses dias ela me viu chorando e como num impulso ou instinto correu pros meus braços e olhou nos meus olhos, sem saber ao certo  que situação era aquela, mas o amor nos seus olhinhos foi supremo e acolhedor, como se eu pudesse contar com ela desde já. Poderia ficar horas enchendo páginas em branco, mas no momento ela está entre meus pés cantando e me convidando pra brincar.

Até mais.

Sobre essas tantas Camilas que existem!

Sem saco prá dor, sem saco pro amor, sem saco pra vida que finda..
Me pego pensando sobre tudo um pouco! o que me resta? o sorriso da minha Flor.




me peguei relendo isso E a outra Camila diz: 
que triste isso, ter a vida que tens, os presentes tão bonitos que recebeste dos deuses e você sem saco pra tudo?. reveja, reflita e viva.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Arrepio

Eu já imaginava, o tamanho do meu desejo, mas não contava com tal..Na sua ausência, na minha carência, como se possível fosse tê-la. Por vê-lo e por ouvi-la. Do combinado ao desejo, Strip-tease devagar, sem enganar o olhar, deixar gotas cair no mar. Sem o meu tocar..
O tom claro da pele toda rabiscada, sua voz rouca de desejos, as sombras dos seus pêlos .Os desejos percebidos pelos dedos.. Por contar com a imaginação, ouvir o som da respiração, permitir o coração, lambendo com a visão. Sangue quente, líquido transparente.. Assim te deixar louco, do virtual ao animal, dos gemidos, das palavras chulas.. Por sentir em todo o corpo as batidas desejosas do coração. Vontades sem fim, de tê-lo perto de mim, valer nossa identidade vibratória,
Tratados emocionais e naturais
Fazer uso do prazer visual
Auditivo e criativo
Nos lençóis virtuais,reinventando modos, mostrando-nos um ao outro, banhando-me em suor.Tocando por ti sem dó. Longe, mas não só, distantes do pudor, bem perto do sabor e de desejos verdadeiros. Delineasse suas curvas, deixando de ser pura, fazendo gestos obscenos. Mordendo os lábios,Molhando os seios,Encontrando jeitos para poder curtir todo o nosso sentir...
" não bebo muito, não fumo, não cheiro e quero minha parte em sexo. sou feliz, quando não surto. é bom lembrar que vivo me esquecendo os nomes, não gosto de maiúsculas e não acentuo sempre... esse blog não tem compromisso, tem muitas reticências..."


maio de 2010

Minha parte

Sim, confesso. Pessoas me cansam, pessoas de todas as partes! Conversar me cansa, posso ate parecer mal educada, mal humorada, a ideia não é essa, mas pense como quiser. As pessoas me cansam.
Aquele conversa medíocre, previsível, que nada acrescenta. Aquele que não entende ou condena a criatividade, a individualidade e liberdade alheia. Aquele que se encaixa em moldes sem nem mesmo os entender e que ainda espera que nos encaixemos também. Audácia!  simplesmente me deixem quieta.



Simples assim.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amor vs Amor

Certa vez li um texto de Adriana Falcão que dizia mais ou menos assim:

O amor acontece quando quer, sem dar ouvidos a pedidos humanos, talvez porque apenas obedeça a ordens superiores, ou porque esteja convicto daquilo que está fazendo.
Alguém diz algo agradável e o amor acontece. Alguém diz um absurdo e o amor acontece. Alguém não diz nada e o amor acontece. Alguém canta o amor e ele acontece. Ninguém esta esperando e o amor acontece.
Numa manhã meio nublada de uma data sem importância, em pleno sol de Domingo, no dia da padroeira, embaixo de um temporal, em qualquer estação do ano, às margens do Tietê, do Capibaribe, ou do Sena, não importa a ocasião, é no coração que o amor acontece.
Na teimosia de uma tarde no escritório, no meio de uma reunião, de uma ligação, de um cafezinho, acontece de o amor vir para enxotar o tédio e trazer a noite às pressas.
Entre dois adolescentes que ficam juntos numa festa, sem nenhum planejamento prévio, o "ficar" vai ficando premente, e o amor exige um namoro.

E continuo..
O amor também deixa de acontecer, no meio de um banho, em um passeio pela rua, ou um olhar não mais recíproco, o coração já não saltita da boca quando sente o cheiro e os passos. O amor também vai embora. Sim, não a paixão, mas o amor! Todo aquele encantamento, deslumbramento um dia se esvai em meio a tantas e tantas coisas. O amor acaba muitos dirão o contrário, mas afirmo que ele também se despede e segue seu caminho.

terça-feira, 15 de março de 2011

BooM

Paciência e má digestão: Pois bem, uma coisa leva a outra, Fato. Dúvidas pairam; será que o bem que me faz é pro meu bem ou pro seu bem?. Será que existe um desejo oculto através do seu sorriso, das suas palavras? Paciência, santa paciência! Tolerância e tudo mais, o estômago avisa: algo vai mal, se cuida vai, a insônia confirma! E até fui questionada esses dias sobre hostilidade, pode? será que eu mesmo sei o significado? Subestimação a parte. vamos lá. Sim, eu sei o significado e mais, será que suas palavras são reias?Será que você tem consciência do que sai da sua boca? Paciência pra não ter má digestão. Na verdade, na mais pura verdade, apenas quero um lugar pra chamar de meu, onde eu encontre a paz, harmonia e muito amor.



Chumbo trocado não dói!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Fato


Não há como não se responsabilizar pelo acaso e pela surpresa, ou seja, por mais que tudo seja explicado o acaso e a surpresa sempre estarão a espreita para desestabilizar a pretensa paz encontrada após tudo explicado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ser

A Cada dia descubro mais sobre o que sou, cada gesto, cada olhar, a cada demostração do não afeto. Sou muitas, amo algumas, teimo com outras, sonho, odeio, é uma luta constante. Apesar de todos meus dilemas edifico esse ser que sou: as vezes confusa outras tão certa de tudo que nem mesmo Sartre me faria questionar sobre mim. Assim gosto de me imaginar, assim sou como um anjo torto.


canção das mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.



(Lya Luft)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ando sem medo de caminhar, sem medo de perder, sem medo de arriscar! Ando sentindo uma leveza que custou a chegar! Ando sorrindo.
A aceitação que eu buscava vinha de uma falsa compreensão que eu oferecia ao outro. Quantas foram as vezes em que eu simplesmente estava entediada com o drama alheio e me fiz prestativa e disponível no instante em que eu só queria respeitar minha vontade de solitude e ficar absorta nos meus próprios devaneios. Quanto tempo foi gasto procurando coisas e pessoas que preenchessem minhas lacunas quando eu apenas precisava do vazio; de estar comigo na feiúra e na beleza que carrego.
Sou tão humana, Meu Deus! E no processo de lapidação, joguei fora algumas das minhas arestas, que talvez fossem o que eu tinha de mais valioso.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Segundos

E de repente, num súbido piscar de olhos o mundo desaba sob o teto onde a paz havia reinado. Mexer no que está quieto pode ser perigoso. Num ímpeto de pura ansiedade o qual virou habito no corpo alheio surge uma voz de ordem como se tudo ao redor lhe devesse a vida, o chão. No caminho uma tensão, nada leve, deixando o ar denso. Na chegada, olhares estranhos. E, em mais um repente aquele sentimento devorou-a como um animal selvagem, se viu em um estado de pura ira, no qual a vontade era  matar aquele ser cuja, presença despertou o que havia adormicido há tempos. Seu corpo: foi tomado por completo, fazendo com que seu coração, pulmão, estômago praticamente saissem pela boca a qual encontrava-se seca. Dos olhos as lágrimas caiam sem a sua própria vontade; a sensação de extrema vida. A sensacção de quase-morte.
 Seu pensamento: um turbilhão de coisas guardadas, um filme com flashes horrendos, a sensação de quase-morte, um sorriso dela em meio a tudo isso. e diante essa única lembrança em meio a tantas coisas ruins, ela se aguarra e tenta votar pra sua  vida, prá sua própria vida. Dormiu e acordou coma boca amarga!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Qualquer semelhança.

Então, Clarisse percebeu que não dava mais prá levar a vida assim, e descobriu algo tão óbvio quanto-dois-mais-dois : Tudo depende dela, somente  dela. A vida com João é mágica, mas João vem com pacote sem brinde; Tem Joana que teima em acabar com a magia existente naquele pequeno e doce lar, Joana se diz desintendida, mas isso é o que ela menos tem, é sagaz. Joana tinha Mário que vacilou por uma outra, como todo homem insatisfeito com a vida e com tudo acaba fazendo, agora ela pensa que João é seu marido, e se afugenta entre as pernas dele como uma criança se protegendo de um futuro que apenas ele poderá lhe oferecer, incerto, daqueles tipo sem renda fixa, aposentadoria, sem nenhuma garatia, mas um futuro. Clarisse, espera que João aviste a situação e compreenda que o pequeno doce lar, sempre cabe mais um, mas uma distância é exigida para que a ordem possa trazer a paz de um cotidiano conjugal.O tempo voou, algumas mudanças aconteceram, Clarisse pacientemente esperou e vez ou outra reivindicou o que lhe é seu por direito. Ela não é dessas que esconde sentimentos bons ou não por trás de sorriso amarelo. Clarisse consegue ser apenas ela, com cores vibrantes, frias, pálidas, fúnebres. Ama as flores, cheiros, a sua cria e João.


Qualquer semelhança n.ã.o é mera coincidência


quarta-feira, 22 de junho de 2011

As avessas

Sob o cinza do céu e a ânsia em seu estômago, sentiu repulsa da humanidade.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sobre ela .

Um dia abriu os olhos e sentiu que não ia ser nada fácil, como nunca foi. O fácil acaba sendo muito relativo vindo daquela mente tão perturbada, alucinada e muitas vezes completamente insana. Foi de mansinho, com passos receosos que ela começou e re-começou, não forçou sorriso, isso é demais pra uma pessoa assim - feito ela. O sorriso é coisa pura e deve por excelência sair de dentro pra fora sem forçar gentileza. deve vir do coração,embora o seu seja um pouco excêntrico, mas nem por isso menor que não caiba os poucos amigos, algumas felicidades, muitas lembranças o amor pelas flores e algumas dores. seguiu em frente algumas vezes, parou por força do destino, pela mente perturbada, parou por opção. Aprendeu que o melhor de cada escolha é o aprendizado. E mais uma vez seguiu sem direção- Lembrando: por conta da perturbação - Percebeu que o rumo acaba virando consequencia e que se sentir vazia é a melhor parte - Ressaltando que no vazio é que se preenche e se completa e se comtempla todas e tantas possibilidades. E pensar que ela já quis partir desse mundo. O sobrenatural não é o imaginário, não é o que acontece em outro mundo; o sobrenatural é aquilo que quase-acontece em nosso mundo, ou melhor, ao nosso mundo, transformando-o em um quase-outro mundo. Quase-acontecer é um modo específico de acontecer: nem qualidade nem quantidade, mas quasidade. Não se trata de uma categoria psicológica, mas ontológica: a intensidade ou virtualidade puras. O que exatamente acontece, quando algo quase acontece? O quase-acontecer: a repetição do que não terá acontecido? Por outra: todo quase-acontecer teria sempre a forma de um quase-morrer? “Quase morri...” – essas são as histórias que vale a pena contar.
O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.

Lição número 5.237

Aprendeu com marra e delicadeza de olhar, controlar o ímpeto dilacerante sentimento amargo do peito..
Com aqueles olhos e jeito, num mix de ternura e macheza a lá bukowisk.

domingo, 29 de maio de 2011

O tempo

Em um único segundo se descobre a imensidão existente entre você e o passado, em um mísero segundo, em um longo suspiro você pára e sente e tudo muda, com um complexo movimento dos olhos abrindo e fechando. O coração se aperta e  sua cabeça tenta entender como tudo esta acontecendo - Se antes a esse segundo ele estava inflado de alegria e simplesmente tranquilo. Como pode tudo mudar? como pode o passado supostamente esquecido  se emaranhar ao presente? e você percebe que ele não está esquecido, somente adormecido entre lembranças. Qual a medida exata da importância que se deve dar a isso tudo? e você mais uma vez lembra que não é muito boa pra medidas exatas, que sempre pendeu-se mais prá lá do que pra cá ou prá cá do que prá lá..

___________________________________________________________________________________

Talvez devesse olhar mais pro meu Eu, pros meus olhos, abrir mais meu sorriso, olhar prá novos olhares, deixar meu coração mais livre, pensar menos e sentir mais! Alegrar-me mais que entristecer. Me permitir e sofrer menos, mandar minhas fantasias pro alto para que o vento às leve pra longe, bem longe..

O tempo! quem sabe ele me ensine a SER assim.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pensamentos bipolares alcoolizados

Uma mensagen da amiga; palavras encardidas e mais: Uma imensa forcinha pra recordar os acontecimentos de um belo final de semana quase esquecido pela quantidade de alcóol ingerida. A curiosidade me assombra.  - E agora o terás acontecido? Mas, a santa do Pau duro e do cu oco, faz sentido, e como faz...

Aguardo maiores encardições, desde já agradeço!


;)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lição número 5.234

identifique as coisas, pessoas, hábitos ou situações que não lhe servem mais e gentilmente se despeça de tudo isso. Esta é a hora de separar o joio do trigo, de encarar a necessidade de abrir mão de todas as coisas as quais você se apega, mas que não fazem mais sentido. Pode ser um processo doloroso, mas você entenderá como se trata de algo necessário.

Antes e Depois


Antes de ter um filho:

- você começa a se arrumar uma hora e meia antes do horário planejado para sair, toma banho calmamente, escova os cabelos, faz a maquiagem, mesmo que sutil, escolhe a roupa, se veste, tira a roupa, escolhe outra e repete o processo três vezes,mesmo que seja pra botar o velho jeans de sempre, o tênis surrado e a clássica Hering branca, escolhe os acessórios, se olha quatro vezes em cinco ângulos diferentes no espelho, faz um lanchinho, escova os dentes, dá uma última retocada na maquiagem, escova a franja pela última vez, sacode os cabelos e vai.

Depois de ter um filho:

- você começa a se arrumar três horas antes do horário planejado para sair, toma banho e lava os cabelos em dez minutos, lembra-se de que condicionador, escova e prancha alisadora são luxos desnecessários, sai do banheiro com a toalha nos cabelos, pega a roupa previamente escolhida na noite anterior enquanto o bebê dormia e veste sem pensar, vai atrás do filho que chora no colo do pai, dá banho nele, coloca a fralda e lembra de caprichar na pomada contra assaduras, amamenta, faz arrotar, devolve pro pai, troca a blusa que ele sujou de leite com baba, seca a franja e usa um creminho no resto do cabelo se convencendo que o look "meu nome é Gal" tá na moda, faz maquiagem básica em dois minutos, come algumas bolachas enquanto escolhe o chinelo , escova os dentes enquanto grita pro pai segurá-lo em sua posição preferida pra ele parar de chorar, passa de novo o batom ao passo que já confere o visual frente e verso em poucos segundos, arruma a mala do bebê com três peças de roupa reserva, fraldas, fandangos, mamadeiras, chupeta e medicamentos pro caso de febre/ dor/ cólica, pega o bebê de volta, embala-o nos braços, olha para aquela carequinha cheirosa, ajeita a roupinha, cafunga o cangote, tira foto do novo look bebezístico, admira o quanto ele está lindo, ajeita-o no bebê conforto e, por fim, sai. Atrasada, por mínimo, 30 minutos. Mas, sair? Onde ? quando? No máximo supermercado querida, sua vida de barzinho com as amigas já eram. O Marido não sai pra lugar nenhum a não ser mecânicos e afins, você mora numa cidade considerada um paraíso total. Paraíso pra quem cara pálida?


E mesmo assim, esse pedacinho de pescoço fedido me faz FELIZ.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre sentimentos que nem palavras explicam

Tão pequena e tão sábia.
Me pego toda boba olhando tanta evolução em tão pouco tempo. Os primeiros passos já foram dados, as primeiras falas proferidas, agora as primeiras frases. Todas enroladas que apenas um bom ouvido de  mãe entende. Tudo tão sublime, divino. Esses dias ela me viu chorando e como num impulso ou instinto correu pros meus braços e olhou nos meus olhos, sem saber ao certo  que situação era aquela, mas o amor nos seus olhinhos foi supremo e acolhedor, como se eu pudesse contar com ela desde já. Poderia ficar horas enchendo páginas em branco, mas no momento ela está entre meus pés cantando e me convidando pra brincar.

Até mais.

Sobre essas tantas Camilas que existem!

Sem saco prá dor, sem saco pro amor, sem saco pra vida que finda..
Me pego pensando sobre tudo um pouco! o que me resta? o sorriso da minha Flor.




me peguei relendo isso E a outra Camila diz: 
que triste isso, ter a vida que tens, os presentes tão bonitos que recebeste dos deuses e você sem saco pra tudo?. reveja, reflita e viva.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Arrepio

Eu já imaginava, o tamanho do meu desejo, mas não contava com tal..Na sua ausência, na minha carência, como se possível fosse tê-la. Por vê-lo e por ouvi-la. Do combinado ao desejo, Strip-tease devagar, sem enganar o olhar, deixar gotas cair no mar. Sem o meu tocar..
O tom claro da pele toda rabiscada, sua voz rouca de desejos, as sombras dos seus pêlos .Os desejos percebidos pelos dedos.. Por contar com a imaginação, ouvir o som da respiração, permitir o coração, lambendo com a visão. Sangue quente, líquido transparente.. Assim te deixar louco, do virtual ao animal, dos gemidos, das palavras chulas.. Por sentir em todo o corpo as batidas desejosas do coração. Vontades sem fim, de tê-lo perto de mim, valer nossa identidade vibratória,
Tratados emocionais e naturais
Fazer uso do prazer visual
Auditivo e criativo
Nos lençóis virtuais,reinventando modos, mostrando-nos um ao outro, banhando-me em suor.Tocando por ti sem dó. Longe, mas não só, distantes do pudor, bem perto do sabor e de desejos verdadeiros. Delineasse suas curvas, deixando de ser pura, fazendo gestos obscenos. Mordendo os lábios,Molhando os seios,Encontrando jeitos para poder curtir todo o nosso sentir...
" não bebo muito, não fumo, não cheiro e quero minha parte em sexo. sou feliz, quando não surto. é bom lembrar que vivo me esquecendo os nomes, não gosto de maiúsculas e não acentuo sempre... esse blog não tem compromisso, tem muitas reticências..."


maio de 2010

Minha parte

Sim, confesso. Pessoas me cansam, pessoas de todas as partes! Conversar me cansa, posso ate parecer mal educada, mal humorada, a ideia não é essa, mas pense como quiser. As pessoas me cansam.
Aquele conversa medíocre, previsível, que nada acrescenta. Aquele que não entende ou condena a criatividade, a individualidade e liberdade alheia. Aquele que se encaixa em moldes sem nem mesmo os entender e que ainda espera que nos encaixemos também. Audácia!  simplesmente me deixem quieta.



Simples assim.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amor vs Amor

Certa vez li um texto de Adriana Falcão que dizia mais ou menos assim:

O amor acontece quando quer, sem dar ouvidos a pedidos humanos, talvez porque apenas obedeça a ordens superiores, ou porque esteja convicto daquilo que está fazendo.
Alguém diz algo agradável e o amor acontece. Alguém diz um absurdo e o amor acontece. Alguém não diz nada e o amor acontece. Alguém canta o amor e ele acontece. Ninguém esta esperando e o amor acontece.
Numa manhã meio nublada de uma data sem importância, em pleno sol de Domingo, no dia da padroeira, embaixo de um temporal, em qualquer estação do ano, às margens do Tietê, do Capibaribe, ou do Sena, não importa a ocasião, é no coração que o amor acontece.
Na teimosia de uma tarde no escritório, no meio de uma reunião, de uma ligação, de um cafezinho, acontece de o amor vir para enxotar o tédio e trazer a noite às pressas.
Entre dois adolescentes que ficam juntos numa festa, sem nenhum planejamento prévio, o "ficar" vai ficando premente, e o amor exige um namoro.

E continuo..
O amor também deixa de acontecer, no meio de um banho, em um passeio pela rua, ou um olhar não mais recíproco, o coração já não saltita da boca quando sente o cheiro e os passos. O amor também vai embora. Sim, não a paixão, mas o amor! Todo aquele encantamento, deslumbramento um dia se esvai em meio a tantas e tantas coisas. O amor acaba muitos dirão o contrário, mas afirmo que ele também se despede e segue seu caminho.

terça-feira, 15 de março de 2011

BooM

Paciência e má digestão: Pois bem, uma coisa leva a outra, Fato. Dúvidas pairam; será que o bem que me faz é pro meu bem ou pro seu bem?. Será que existe um desejo oculto através do seu sorriso, das suas palavras? Paciência, santa paciência! Tolerância e tudo mais, o estômago avisa: algo vai mal, se cuida vai, a insônia confirma! E até fui questionada esses dias sobre hostilidade, pode? será que eu mesmo sei o significado? Subestimação a parte. vamos lá. Sim, eu sei o significado e mais, será que suas palavras são reias?Será que você tem consciência do que sai da sua boca? Paciência pra não ter má digestão. Na verdade, na mais pura verdade, apenas quero um lugar pra chamar de meu, onde eu encontre a paz, harmonia e muito amor.



Chumbo trocado não dói!

sábado, 5 de março de 2011

Meu carnaval

Você não sabe a energia que reside no silêncio!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Fato


Não há como não se responsabilizar pelo acaso e pela surpresa, ou seja, por mais que tudo seja explicado o acaso e a surpresa sempre estarão a espreita para desestabilizar a pretensa paz encontrada após tudo explicado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ser

A Cada dia descubro mais sobre o que sou, cada gesto, cada olhar, a cada demostração do não afeto. Sou muitas, amo algumas, teimo com outras, sonho, odeio, é uma luta constante. Apesar de todos meus dilemas edifico esse ser que sou: as vezes confusa outras tão certa de tudo que nem mesmo Sartre me faria questionar sobre mim. Assim gosto de me imaginar, assim sou como um anjo torto.


canção das mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.



(Lya Luft)