E de repente, num súbido piscar de olhos o mundo desaba sob o teto onde a paz havia reinado. Mexer no que está quieto pode ser perigoso. Num ímpeto de pura ansiedade o qual virou habito no corpo alheio surge uma voz de ordem como se tudo ao redor lhe devesse a vida, o chão. No caminho uma tensão, nada leve, deixando o ar denso. Na chegada, olhares estranhos. E, em mais um repente aquele sentimento devorou-a como um animal selvagem, se viu em um estado de pura ira, no qual a vontade era matar aquele ser cuja, presença despertou o que havia adormicido há tempos. Seu corpo: foi tomado por completo, fazendo com que seu coração, pulmão, estômago praticamente saissem pela boca a qual encontrava-se seca. Dos olhos as lágrimas caiam sem a sua própria vontade; a sensação de extrema vida. A sensacção de quase-morte.
Seu pensamento: um turbilhão de coisas guardadas, um filme com flashes horrendos, a sensação de quase-morte, um sorriso dela em meio a tudo isso. e diante essa única lembrança em meio a tantas coisas ruins, ela se aguarra e tenta votar pra sua vida, prá sua própria vida. Dormiu e acordou coma boca amarga!