domingo, 28 de março de 2010

ఎ దే రేపెంటే తుడో ఫికా assim


Não interessa o quanto eu tenha a dizer. A palavra, como pessoa que é para mim, precisa chegar súbita e inadiável e dizer qualquer coisa que ela queira. Por isso tantos suspiros e alguma resignação, porque também não agüento esse silêncio espesso sem reclamar minha falta de sono, meu cansaso, a eterna espera, meu mau-humor que insiste em me tomar por instantes,meu sorriso mais forte, sempre impera! Fato.Se é de paisagens novas que elas precisam, mudo até os caminhos. Se precisarem de um novo amor, me apaixono. Mas não façam de mim escrava desse abandono de dizer coisas. Porque preciso.E não tragam para mim nenhuma novidade no amor antigo, tudo é paisagem inédita, sempre.Não me incomodo de sonhar coisas irrealizáveis, mas preciso acreditá-las em frases bem elaboradas pra que tudo se pareça possível.Tudo bem que bocejem vezenquando, mas não durmam para sempre. Se vierem, num pequeno pedaço de papel, eu juro,vou tentar fazer caber o maior lugar do mundo.

A cada dia basta o seu cuidado

A Paciência é diretamente proporcional ao propósito.
Se você realmente quer, sabe o que quer, você tem Paciência. Quando você não tem bem certeza do que quer, você é apressado, você quer chegar logo para ver se satisfaz, porque se não satisfaz, você vai para outro propósito, e se não satisfaz, vai para outro...
Esse é o caminho da maioria das pessoas: elas fazem muitas coisas, uma porção de coisas, mas nunca fazem realmente nada, porque não sabem o que querem.Aquele que já sabe o que quer, sabe que vai encontrar, que já sentiu pelo menos que vai encontrar, esse não tem pressa. Esse sabe que na própria continuação do dia-a-dia, de cada instante do dia, ele estará aprendendo aquilo que ele deseja, porque o que ele deseja,está dentro dele.
Então, a cada instante, a cada olhar, a cada fato ouvido, a cada palavra ouvida, a cada pessoa, a cada aura tocada, a cada sensação fornecida pelos cinco sentidos, será uma lição para ele. Ele estará sempre aprendendo.Isso é importante! É muito importante que se diga agora para vocês, porque o sabor das coisas você só vai conseguir se começar realmente a observar tudo.
A Paciência, então, é auto-cultivada quando você sabe o que quer. Ela vem sozinha. Ela aparece sozinha, porque a falta de Paciência geralmente está relacionada com o perder tempo, quer dizer, "estou perdendo tempo, estou aqui sem fazer nada; será que é o que eu quero, será que não é...?" Bom, então não se entendeu ainda o principal, e o principal é que você nunca está perdendo tempo, desde que você saiba que a cada instante muitas lições estão-se apresentando ao seu redor. Sempre você está tendo uma lição, a cada instante você está aprendendo. Mas é preciso que você saiba pelo menos o que você quer - o objetivo da sua vida!

ఫెమినిస్మో అ సుర.

“Vivei juntos,mas não vos aconchegueis demasiadamente. Pois as colunas do templo erguem-se separadamente. E o carvalho e o cipestre não crescem à sombra um do outro.” Gibhram Kalil Gibham


Longe de ser só um processo histórico e social, a supressão do feminino criou uma espécie de sombra no inconsciente coletivo feminino, ou seja; a Deusa ferida no âmago da estrutura feminina manifesta-se através do fenômeno do feminino sombrio. No contexto individual, a perpetuação desta parte desconhecida, machucada, ou reprimida, dá-se através da transgeracionalidade, ou seja, de padrões psicológicos negativos e até destrutivos, que irão atrais situações e pessoas energeticamente compatíveis, criando e recriando problemas não assumidos, que são transferidos inconscientemente nas famílias de uma geração de mulheres para a geração seguinte.
A escritora Clarice Lispector certa vez disse que “a mulher não tá sabendo, mas está cumprindo uma coragem. A coragem da mulher é a de não se conhecer, no entanto, prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem”. A mulher paga um altíssimo “preço emocional” por causa desse prosseguir, sem buscar a raiz de seus medos, sem curar seus traumas e seus bloqueios e muitas vezes a mulher limita setores importantes da vida em função das limitações do seu próprio “eu”, como por exemplo os setores da vida profissional e amoroso.
A mulher comum, ao longo do século passado, iniciou um importante processo de
auto-percepção aonde viu-se reprimida no âmago de sua própria feminilidade, inferiorizada no seu papel social e desconhecida na sua própria sexualidade. E iniciou um processo de liberação. A principal atitude das mulheres foi a chamada revolução sexual; as mulheres queimaram sutiãs, tomaram anticoncepcional, foram trabalhar… e escravizaram a si mesmas, pelo motivo de que em nenhum momento deixaram de ser mulheres, ou sejam tentaram uma liberdade de se fazerem tudo o que os homens faziam (sexo livre, trabalhar fora, independência); porém, o interior das mulheres continua carregando a sombra da Deusa: as mulheres desenvolveram atributos importantes, mas não curaram as feridas da alma feminina.
Como disse Clarice, as mulheres seguem sem se conhecer; pois todo aquele movimento feminista não deu às mulheres a autonomia mais necessária de todas que é a libertação das pendências e dependências emocionais que fazem com que até a mais bem sucedida das mulheres sofra por determinados “amores”. São várias chegas da Deusa ferida e cabe a cada mulher a tarefa de reconhecê-las e curá-las. As deusas são atributos femininos riquíssimos de significado; porém, muitas vezes, para que esses atributos fluam positivamente, em nós, torna-se necessária uma viagem interior, visitando as faces das deusas, reconhecendo quais foram feridas, mas estão de certa forma “reverberando” alguma ferida familiar e ainda estão vivendo um padrão negativo – a sombra, à espera de resgate e salvamento.
E o que acontece com muitas mulheres desavisadas por aí afora? Uma espécie de cura ao contrário, a mulher atrai um parceiroperfeito para toda a sua “inhaca interna”, ele ativa e alimenta suas sombras, seus medos e suas deusas doentes.
E amulher começa a ser magoada e a sofrer e não consegue entender porque sempre faz isso, não reconhece quemestá alimentando um câncer emocional, muitas vezes perdendo noção de limite e tentando fazer aquilo dar certo, num verdadeiro massacre interior.
Saber de suas sombras é o primeiro passo para sair do círculo vicioso, reconhecer uma Athena ferida, que tem medo de lidar com seus sentimentos e sua sexualidade, e só vive o racional da vida, muitas vezes escondendo-se atrás de um papel profissional. Reconhecer a chega de uma Hera, que vive o pretenso casamento perfeito, mas delega o poder pessoal ao marido e vive a vida dele como se fosse a sua. Até ser traída e depois ainda recusar-se a perder o papel de esposa, convivendo com as traições de Zeus. Reconhecer uma Demetér ferida, aquela que só vive para os filhos e que faz até do marido, um filho, depois ressente-se quando estes crescem e vão embora; aquela que nutre toda a família, mas não busca sua auto realização, sendo ela própria a maior carente da relação.
E a chaga de Afrodite então, nem se fala! A mulher que por necessidade de “amor” e atenção aceita ser objeto sexual e sensual, vive por muitas vezes o papel de amante, mas gostaria de ter um homem que a honrasse, e quando o tem, ainda acha que tem de garantir sua feminilidade sendo a mais bonita e a mais sensual a todo momento e a qualquer preço.
Realmente prosseguir sem se conhecer exige coragem, mas decidir conhecer-se e mudar-se exige mais coragem ainda. Coragem para se reformular, recomeçar, transformar, reeditar, de dentro pra fora, o que é muito diferente de sair “recapando”. A mulher que buscar o reconhecimento de suas forças interiores e a integração dos atributos das deusas provavelmente vai parar de culpar a vida ou seus amores fracassados por sua infelicidade. Ela vai resgatar pedacionhos de mulher, vai aproveitar e recilcar o que deve ser valorizado e vai se dar conta do que deve amadurecer e do que deve deixar morrer. Como a Grande Mãe faz a sábia Natureza. E assim pode surgir um não modo de ser, de onde surgirá o verdadeiro jeito de amar, descentralizadamente – o que não significa superficial.
Buscar a capacitação para poder relacionar-se bem com o ser amado sem torná-lo eixo condutor da sua própria vida, coisa que muita mulher acaba fazendo sem querer, pois vive a sombra das deusas feridas e projeta a suposta solução desse vazio interior no companheiro. Esse jeito de amar descentralizado consiste em manter o “gráfico da vida” equilibrado, dividido em fatias mais ou menos parelhadas, sem separar fatias grandes demais para algo ou alguém, evitando assim, a desilusão.
Quando constatamos que real,ente tudo que faz parte da vida é transitório e que não podemos segurar nada nem ninguém pra sempre conosco, conseguimos perceber que a única permanência da vida somos nós mesmos. E então, percebemos que este “eu” nos acompanhará eternamente. Vive melhor quando se aprende a crescer, a se auto-conhecer, a curar suas feridas, a perdoar, a se perdoar e libertar-se de medos e limitações antigas. Se a mulher está destinada a conviver consigo mesma, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença; o ideal é que ela esteja inteira e não por uma metade que na verdade não lhe pertence. Elas podem apenas se aproximar muito do outro e interagir, ser companheiras e amarem-se, mas a individualidade do outro é um fato intransponível que deve ser aceito, como aceitamosque precisamos de ar para respirar. Amar é lindo. Mas quem sabe amar de um jeito lindo? Só quem está muito consciente, muito íntegro, muito amoroso; e desta forma, ama.
A cura do feminino na vivência do amor, envolve uma tomada de consciência de que talvez aquilo que pensamos ser amor seja outra coisa qualquer que nos acomoda e nos conforta de nossas limitações. Envolve também a constatação de que para mudar a nossa vida e o que não dá certo nela, só mudando a nós mesmos, sanando feridas, colocando um ponto final nos sofrimentos antigos e orgulhos feridos que não servem pra mais nada. Os relacionamentos amorosos entre homens e mulheres darão um salto quântico quando estes amadurecerem de verdade, porque envelhecer não é sinônimo de amor e estar junto não é sinônimo de amar.
Ir em busca da sabedoria da Deusa é a caminhada ancestral da mulher rumo ao amor por si mesmas. Há muito ainda pra ser plantado no solo fértil da Deusa e somente com a própria taça transbordante, a mulher poderá brindar o amor junto com o homem

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vidinha


Como tem sido bom e doce, as manhãs, అస్ nossas mudanças em prol do que nos faz bem, nossos hábitos se tornando próximos, o beijo sabor café, o sono aconchegante. O pai,o parceiro, o amigo , nós.

terça-feira, 16 de março de 2010

Treinamento


De que é feita a felicidade, mãe?
- De alguns momentos, filha, breves, intensos e memoráveis. Pode ter gosto de bolo de chocolate, cheiro de flor de laranjeira ou a surpresa de um beijo roubado. Mas o que a define, mesmo, é o frio na barriga e um momento imortalizado.

- E a tristeza, é feita de que?
- Feita de uma ruga na testa, ombros cabisbaixos, umas lágrimas perdidas, alguns sonhos desprezados. E acho mesmo que é feita de pé na bunda, nota zero no provão e uma inesperada demissão.

- E raiva é feita disso tudo também?
- Não, mas a raiva é feita também de muitas coisas. Raiva é mistura do amargo da decepção com o azedo da desilusão. É áspera e fria, sem graça, sem valia. Raiva é sentimento que não vale a pena, que a gente arremessa sem olhar pra trás, que a gente despreza, desfaz.

- Mãe, então me explica o que é amor, porque ele parece ter tudo isso no meio e ao mesmo tempo ser feito de muito pouco.
- Mas é que o amor é mesmo assim. Você nunca esquecerá como um sorriso despretensioso pode ficar incrivelmente inesquecível e como um olhar mal intencionado pode tornar-se surpreendentemente frio. Em algum momento, as lembranças que acompanhavam todas as suas certezas perdem o lugar para as dúvidas nada desejáveis. Mas só até chegar o perdão, o abraço quente no vento frio, a surpresa que você fingia não saber só pra deixá-lo mais contente e a verdade que você esconde só pra ele não te enxergar tão vulnerável. Você nunca entenderá como pode enfurecer-se com aquele que ontem mesmo jurou amor pra vida toda. Pra daí segundos perceber que é bem depois de ranger os dentes que você o ama mais. E com o tempo você nota que os sentimentos se fortalecem e tomam o espaço uns dos outros. Que a bagunça instalada cede a cadeira às coisas todas no lugar, que a decepção sai de casa e tranca a porta, que a paz de espírito está acomodada no sofá da sala sem a mínima intenção de sair. O amor muda como quem troca de roupa, mas só até decidir ficar. Quando fica, não tem quem te faça esquecer, desistir, abster-se de sorrisos que já fazem parte da sua vida e são dele e de ninguém mais. O amor genuíno traz consigo tamanha felicidade que quem não o tem preso à alma, não pode, nem ousa imaginar.

E, no final, as respostam mudam conforme as perguntas. O tempo será outro. Mas, o amor é eterno.

domingo, 14 de março de 2010

Obedecendo os Itens da minha listinha


Quando você for para o trabalho, para a faculdade, para uma balada, não vá com uma postura de buscar algo, conseguir algo, sugar algo do local ou das pessoas. Vá para oferecer, vá para gentilmente entregar às pessoas as qualidades de sua simples presença. Ofereça qualquer coisa. Um olhar profundo já é muito hoje em dia. Vá para os lugares e apenas treine olhar tudo com um olhar de abismo. Muitas pessoas precisam só disso: serem olhadas, contempladas suave e lentamente, reconhecidas em sua manifestação mais sutil, tocadas de alguma forma e conectadas com um outro que as transcende e reacende o mistério que as faz viver.
Se adotar uma postura expansiva e radicalmente aberta, oferecendo sua existência ao deleite dos outros, você age reconhecendo que não tem nada a perder. Não há medo nem hesitação em seu olhar. Sem esperar ou exigir nada dos outros, você age desimpedidamente, em uma dança sutil em meio às situações. Qualquer solidez ou bloqueio é atravessada por sua leveza e transparência. Qualquer obstrução é liberada pela presença da sua espontaneidade. Você apenas sorri e faz todos sorrirem, ou ainda: você cria o espaço para que todos possam sorrir.

(Sus)penso em passos de (Mu)dança



Nelson Rodrigues



"O marido não deve ser o último a saber. O marido não deve saber nunca."


"Dinheiro compra tudo. Até amor verdadeiro."

"Certas esposas precisam trair para não apodrecer."

- Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.

"O brasileiro é um feriado ".



"O Brasil é um elefante geográfico. Falta-lhe,porém, um rajá,isto é, um líder que o monte".



"Sou a maior velhice da América Latina. Já me confessei uma múmia, com todos os achaques das múmias".



"Toda oração é linda. Duas mãos postas são sempre tocantes,ainda que rezem pelo vampiro de Dusseldorf".



"O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota"



"Na vida, o importante é fracassar"



"A Europa é uma burrice aparelhada de museus".



"Hoje, a reportagem de polícia está mais árida do que uma paisagem lunar. O repórter mente pouco, mente cada vez menos".



"Daqui a duzentos anos,os historiadores vão chamar este final de século de "a mais cínica das épocas". O cinismo escorre por toda parte,como a água das paredes infiltradas".



"Sexo é para operário".



"O socialismo ficará como um pesadelo humorístico da História".



"Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos".



"As grandes convivências estão a um milímetro do tédio".



"Todo tímido é candidato a um crime sexual".



"Todas as vaias são boas, inclusive as más".



"O presidente que deixa o poder passa a ser,automaticamente,um chato"



"Não gosto de minha voz. Eu a tenho sob protesto. Há, entre mim e minha voz, uma incompatibilidade irreversível".



"Sou um suburbano. Acho que a vida é mais profunda depois da praça Saenz Peña. O único lugar onde ainda há o suicídio por amor, onde ainda se morre e se mata por amor, é na Zona Norte".



"O adulto não existe.O homem é um menino perene".



"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakesperiana. Às vezes, num córner bem ou mal batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural".



"Nossa literatura ignora o futebol -e repito : nossos escritores não sabem cobrar um reles lateral".



"A coisa é a seguinte : escrever para mim, muito mais do que uma decisão profissional,é um destino.E screver é o meu destino ! Não é um caso de opção. Eu só tinha esta opção,uma vez que nasci assim".



"Nós, jornalistas, é que estamos mais obsoletos, mais fora de moda do que charleston, do que o tango".



"Eu não sou ninguém para dizer certas coisas, mas o bom no brasileiro é que ele, sem saber de nada, diz coisas horrendas".



"O brasileiro é um sujeito que gosta de fazer farra, é um desses que, em pleno velório, põe a mão na viúva".



"O que atrapalha o brasileiro é o próprio brasileiro. Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro".



"O carioca é esse sujeito fascinante só na base dos defeitos que tem".



"Diga-se de passagem que eu considero o brasileiro o maior sujeito do mundo. O europeu já está esgotado. O europeu tem na casa dele pires de mil anos. Escadas de mil anos. Tudo é velho pra burro. Já com o brasileiro é inteiramente diferente".



"É trágica a falta de imaginação da paisagem no país desenvolvido. O desenvolvimento é burro, ao passo que o subdesenvolvimento pode tentar um livre, desesperado, exclusivo projeto de vida".



"A única grã-fina do mundo é a Maria Antonieta. De então para cá nunca mais vi uma grã-fina. E muito menos uma grã-fina paulista que é gorducha, porque tem dinheiro à beça para comer".



"As entrevistas das estagiárias têm uma virtude rara: nunca saem".



"Acho chato viajar de avião, não quero voar, a não ser caso de vida ou morte. Tenho horror às viagens. A partir do Méier, começo a ter saudades do Brasil".



- O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: — o da imaturidade.



- Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.



- Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas.



- A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.



- O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.



- Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar.




- O homem não nasceu para ser grande. Um mínimo de grandeza já o desumaniza. Por exemplo: — um ministro. Não é nada, dirão. Mas o fato de ser ministro já o empalha. É como se ele tivesse algodão por dentro, e não entranhas vivas.



- Assim como há uma rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, rua Traidores da Pátria.



- Está se deteriorando a bondade brasileira. De quinze em quinze minutos, aumenta o desgaste da nossa delicadeza.



- O boteco é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele.



- A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades.



- Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — "Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!". Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!



- Em nosso século, o "grande homem" pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta.



- O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.



- Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento. É uma ressentida contra si mesma.



- Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca.



- Chegou às redações a notícia da minha morte. E os bons colegas trataram de fazer a notícia. Se é verdade o que de mim disseram os necrológios, com a generosa abundância de todos os necrológios, sou de fato um bom sujeito.



"Sem sorte, não se chupa nem um chica-bom. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha".



"Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam".



O rico e o pobre são duas pessoas

O soldado protege os dois.

O operário trabalha pelos três.

O cidadão paga pelos quatro.

O vagabundo come pelos cinco.

O advogado rouba os seis.

O juiz condena os sete.

O médico mata os oito.

O coveiro enterra os nove.

O diabo leva os dez.

E a mulher engana os onze

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ela Mudou


Decidir ser feliz, nada adicionar à infelicidade da humanidade, nem mesmo uma queixa, um pensamento... Vontade de não perturbar, de não magoar. Não é ainda o amor nem a sabedoria, é o começo de uma nova vida. O que para mim, já é o heroísmo.

domingo, 28 de março de 2010

ఎ దే రేపెంటే తుడో ఫికా assim


Não interessa o quanto eu tenha a dizer. A palavra, como pessoa que é para mim, precisa chegar súbita e inadiável e dizer qualquer coisa que ela queira. Por isso tantos suspiros e alguma resignação, porque também não agüento esse silêncio espesso sem reclamar minha falta de sono, meu cansaso, a eterna espera, meu mau-humor que insiste em me tomar por instantes,meu sorriso mais forte, sempre impera! Fato.Se é de paisagens novas que elas precisam, mudo até os caminhos. Se precisarem de um novo amor, me apaixono. Mas não façam de mim escrava desse abandono de dizer coisas. Porque preciso.E não tragam para mim nenhuma novidade no amor antigo, tudo é paisagem inédita, sempre.Não me incomodo de sonhar coisas irrealizáveis, mas preciso acreditá-las em frases bem elaboradas pra que tudo se pareça possível.Tudo bem que bocejem vezenquando, mas não durmam para sempre. Se vierem, num pequeno pedaço de papel, eu juro,vou tentar fazer caber o maior lugar do mundo.

A cada dia basta o seu cuidado

A Paciência é diretamente proporcional ao propósito.
Se você realmente quer, sabe o que quer, você tem Paciência. Quando você não tem bem certeza do que quer, você é apressado, você quer chegar logo para ver se satisfaz, porque se não satisfaz, você vai para outro propósito, e se não satisfaz, vai para outro...
Esse é o caminho da maioria das pessoas: elas fazem muitas coisas, uma porção de coisas, mas nunca fazem realmente nada, porque não sabem o que querem.Aquele que já sabe o que quer, sabe que vai encontrar, que já sentiu pelo menos que vai encontrar, esse não tem pressa. Esse sabe que na própria continuação do dia-a-dia, de cada instante do dia, ele estará aprendendo aquilo que ele deseja, porque o que ele deseja,está dentro dele.
Então, a cada instante, a cada olhar, a cada fato ouvido, a cada palavra ouvida, a cada pessoa, a cada aura tocada, a cada sensação fornecida pelos cinco sentidos, será uma lição para ele. Ele estará sempre aprendendo.Isso é importante! É muito importante que se diga agora para vocês, porque o sabor das coisas você só vai conseguir se começar realmente a observar tudo.
A Paciência, então, é auto-cultivada quando você sabe o que quer. Ela vem sozinha. Ela aparece sozinha, porque a falta de Paciência geralmente está relacionada com o perder tempo, quer dizer, "estou perdendo tempo, estou aqui sem fazer nada; será que é o que eu quero, será que não é...?" Bom, então não se entendeu ainda o principal, e o principal é que você nunca está perdendo tempo, desde que você saiba que a cada instante muitas lições estão-se apresentando ao seu redor. Sempre você está tendo uma lição, a cada instante você está aprendendo. Mas é preciso que você saiba pelo menos o que você quer - o objetivo da sua vida!

ఫెమినిస్మో అ సుర.

“Vivei juntos,mas não vos aconchegueis demasiadamente. Pois as colunas do templo erguem-se separadamente. E o carvalho e o cipestre não crescem à sombra um do outro.” Gibhram Kalil Gibham


Longe de ser só um processo histórico e social, a supressão do feminino criou uma espécie de sombra no inconsciente coletivo feminino, ou seja; a Deusa ferida no âmago da estrutura feminina manifesta-se através do fenômeno do feminino sombrio. No contexto individual, a perpetuação desta parte desconhecida, machucada, ou reprimida, dá-se através da transgeracionalidade, ou seja, de padrões psicológicos negativos e até destrutivos, que irão atrais situações e pessoas energeticamente compatíveis, criando e recriando problemas não assumidos, que são transferidos inconscientemente nas famílias de uma geração de mulheres para a geração seguinte.
A escritora Clarice Lispector certa vez disse que “a mulher não tá sabendo, mas está cumprindo uma coragem. A coragem da mulher é a de não se conhecer, no entanto, prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem”. A mulher paga um altíssimo “preço emocional” por causa desse prosseguir, sem buscar a raiz de seus medos, sem curar seus traumas e seus bloqueios e muitas vezes a mulher limita setores importantes da vida em função das limitações do seu próprio “eu”, como por exemplo os setores da vida profissional e amoroso.
A mulher comum, ao longo do século passado, iniciou um importante processo de
auto-percepção aonde viu-se reprimida no âmago de sua própria feminilidade, inferiorizada no seu papel social e desconhecida na sua própria sexualidade. E iniciou um processo de liberação. A principal atitude das mulheres foi a chamada revolução sexual; as mulheres queimaram sutiãs, tomaram anticoncepcional, foram trabalhar… e escravizaram a si mesmas, pelo motivo de que em nenhum momento deixaram de ser mulheres, ou sejam tentaram uma liberdade de se fazerem tudo o que os homens faziam (sexo livre, trabalhar fora, independência); porém, o interior das mulheres continua carregando a sombra da Deusa: as mulheres desenvolveram atributos importantes, mas não curaram as feridas da alma feminina.
Como disse Clarice, as mulheres seguem sem se conhecer; pois todo aquele movimento feminista não deu às mulheres a autonomia mais necessária de todas que é a libertação das pendências e dependências emocionais que fazem com que até a mais bem sucedida das mulheres sofra por determinados “amores”. São várias chegas da Deusa ferida e cabe a cada mulher a tarefa de reconhecê-las e curá-las. As deusas são atributos femininos riquíssimos de significado; porém, muitas vezes, para que esses atributos fluam positivamente, em nós, torna-se necessária uma viagem interior, visitando as faces das deusas, reconhecendo quais foram feridas, mas estão de certa forma “reverberando” alguma ferida familiar e ainda estão vivendo um padrão negativo – a sombra, à espera de resgate e salvamento.
E o que acontece com muitas mulheres desavisadas por aí afora? Uma espécie de cura ao contrário, a mulher atrai um parceiroperfeito para toda a sua “inhaca interna”, ele ativa e alimenta suas sombras, seus medos e suas deusas doentes.
E amulher começa a ser magoada e a sofrer e não consegue entender porque sempre faz isso, não reconhece quemestá alimentando um câncer emocional, muitas vezes perdendo noção de limite e tentando fazer aquilo dar certo, num verdadeiro massacre interior.
Saber de suas sombras é o primeiro passo para sair do círculo vicioso, reconhecer uma Athena ferida, que tem medo de lidar com seus sentimentos e sua sexualidade, e só vive o racional da vida, muitas vezes escondendo-se atrás de um papel profissional. Reconhecer a chega de uma Hera, que vive o pretenso casamento perfeito, mas delega o poder pessoal ao marido e vive a vida dele como se fosse a sua. Até ser traída e depois ainda recusar-se a perder o papel de esposa, convivendo com as traições de Zeus. Reconhecer uma Demetér ferida, aquela que só vive para os filhos e que faz até do marido, um filho, depois ressente-se quando estes crescem e vão embora; aquela que nutre toda a família, mas não busca sua auto realização, sendo ela própria a maior carente da relação.
E a chaga de Afrodite então, nem se fala! A mulher que por necessidade de “amor” e atenção aceita ser objeto sexual e sensual, vive por muitas vezes o papel de amante, mas gostaria de ter um homem que a honrasse, e quando o tem, ainda acha que tem de garantir sua feminilidade sendo a mais bonita e a mais sensual a todo momento e a qualquer preço.
Realmente prosseguir sem se conhecer exige coragem, mas decidir conhecer-se e mudar-se exige mais coragem ainda. Coragem para se reformular, recomeçar, transformar, reeditar, de dentro pra fora, o que é muito diferente de sair “recapando”. A mulher que buscar o reconhecimento de suas forças interiores e a integração dos atributos das deusas provavelmente vai parar de culpar a vida ou seus amores fracassados por sua infelicidade. Ela vai resgatar pedacionhos de mulher, vai aproveitar e recilcar o que deve ser valorizado e vai se dar conta do que deve amadurecer e do que deve deixar morrer. Como a Grande Mãe faz a sábia Natureza. E assim pode surgir um não modo de ser, de onde surgirá o verdadeiro jeito de amar, descentralizadamente – o que não significa superficial.
Buscar a capacitação para poder relacionar-se bem com o ser amado sem torná-lo eixo condutor da sua própria vida, coisa que muita mulher acaba fazendo sem querer, pois vive a sombra das deusas feridas e projeta a suposta solução desse vazio interior no companheiro. Esse jeito de amar descentralizado consiste em manter o “gráfico da vida” equilibrado, dividido em fatias mais ou menos parelhadas, sem separar fatias grandes demais para algo ou alguém, evitando assim, a desilusão.
Quando constatamos que real,ente tudo que faz parte da vida é transitório e que não podemos segurar nada nem ninguém pra sempre conosco, conseguimos perceber que a única permanência da vida somos nós mesmos. E então, percebemos que este “eu” nos acompanhará eternamente. Vive melhor quando se aprende a crescer, a se auto-conhecer, a curar suas feridas, a perdoar, a se perdoar e libertar-se de medos e limitações antigas. Se a mulher está destinada a conviver consigo mesma, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença; o ideal é que ela esteja inteira e não por uma metade que na verdade não lhe pertence. Elas podem apenas se aproximar muito do outro e interagir, ser companheiras e amarem-se, mas a individualidade do outro é um fato intransponível que deve ser aceito, como aceitamosque precisamos de ar para respirar. Amar é lindo. Mas quem sabe amar de um jeito lindo? Só quem está muito consciente, muito íntegro, muito amoroso; e desta forma, ama.
A cura do feminino na vivência do amor, envolve uma tomada de consciência de que talvez aquilo que pensamos ser amor seja outra coisa qualquer que nos acomoda e nos conforta de nossas limitações. Envolve também a constatação de que para mudar a nossa vida e o que não dá certo nela, só mudando a nós mesmos, sanando feridas, colocando um ponto final nos sofrimentos antigos e orgulhos feridos que não servem pra mais nada. Os relacionamentos amorosos entre homens e mulheres darão um salto quântico quando estes amadurecerem de verdade, porque envelhecer não é sinônimo de amor e estar junto não é sinônimo de amar.
Ir em busca da sabedoria da Deusa é a caminhada ancestral da mulher rumo ao amor por si mesmas. Há muito ainda pra ser plantado no solo fértil da Deusa e somente com a própria taça transbordante, a mulher poderá brindar o amor junto com o homem

quinta-feira, 25 de março de 2010

ఉఎ అ విడ కంటిన్యూ assim

. com essa vontade de explodir de felicidade e de sorrir para o mundo :D

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vidinha


Como tem sido bom e doce, as manhãs, అస్ nossas mudanças em prol do que nos faz bem, nossos hábitos se tornando próximos, o beijo sabor café, o sono aconchegante. O pai,o parceiro, o amigo , nós.

terça-feira, 16 de março de 2010

Treinamento


De que é feita a felicidade, mãe?
- De alguns momentos, filha, breves, intensos e memoráveis. Pode ter gosto de bolo de chocolate, cheiro de flor de laranjeira ou a surpresa de um beijo roubado. Mas o que a define, mesmo, é o frio na barriga e um momento imortalizado.

- E a tristeza, é feita de que?
- Feita de uma ruga na testa, ombros cabisbaixos, umas lágrimas perdidas, alguns sonhos desprezados. E acho mesmo que é feita de pé na bunda, nota zero no provão e uma inesperada demissão.

- E raiva é feita disso tudo também?
- Não, mas a raiva é feita também de muitas coisas. Raiva é mistura do amargo da decepção com o azedo da desilusão. É áspera e fria, sem graça, sem valia. Raiva é sentimento que não vale a pena, que a gente arremessa sem olhar pra trás, que a gente despreza, desfaz.

- Mãe, então me explica o que é amor, porque ele parece ter tudo isso no meio e ao mesmo tempo ser feito de muito pouco.
- Mas é que o amor é mesmo assim. Você nunca esquecerá como um sorriso despretensioso pode ficar incrivelmente inesquecível e como um olhar mal intencionado pode tornar-se surpreendentemente frio. Em algum momento, as lembranças que acompanhavam todas as suas certezas perdem o lugar para as dúvidas nada desejáveis. Mas só até chegar o perdão, o abraço quente no vento frio, a surpresa que você fingia não saber só pra deixá-lo mais contente e a verdade que você esconde só pra ele não te enxergar tão vulnerável. Você nunca entenderá como pode enfurecer-se com aquele que ontem mesmo jurou amor pra vida toda. Pra daí segundos perceber que é bem depois de ranger os dentes que você o ama mais. E com o tempo você nota que os sentimentos se fortalecem e tomam o espaço uns dos outros. Que a bagunça instalada cede a cadeira às coisas todas no lugar, que a decepção sai de casa e tranca a porta, que a paz de espírito está acomodada no sofá da sala sem a mínima intenção de sair. O amor muda como quem troca de roupa, mas só até decidir ficar. Quando fica, não tem quem te faça esquecer, desistir, abster-se de sorrisos que já fazem parte da sua vida e são dele e de ninguém mais. O amor genuíno traz consigo tamanha felicidade que quem não o tem preso à alma, não pode, nem ousa imaginar.

E, no final, as respostam mudam conforme as perguntas. O tempo será outro. Mas, o amor é eterno.

domingo, 14 de março de 2010

Obedecendo os Itens da minha listinha


Quando você for para o trabalho, para a faculdade, para uma balada, não vá com uma postura de buscar algo, conseguir algo, sugar algo do local ou das pessoas. Vá para oferecer, vá para gentilmente entregar às pessoas as qualidades de sua simples presença. Ofereça qualquer coisa. Um olhar profundo já é muito hoje em dia. Vá para os lugares e apenas treine olhar tudo com um olhar de abismo. Muitas pessoas precisam só disso: serem olhadas, contempladas suave e lentamente, reconhecidas em sua manifestação mais sutil, tocadas de alguma forma e conectadas com um outro que as transcende e reacende o mistério que as faz viver.
Se adotar uma postura expansiva e radicalmente aberta, oferecendo sua existência ao deleite dos outros, você age reconhecendo que não tem nada a perder. Não há medo nem hesitação em seu olhar. Sem esperar ou exigir nada dos outros, você age desimpedidamente, em uma dança sutil em meio às situações. Qualquer solidez ou bloqueio é atravessada por sua leveza e transparência. Qualquer obstrução é liberada pela presença da sua espontaneidade. Você apenas sorri e faz todos sorrirem, ou ainda: você cria o espaço para que todos possam sorrir.

(Sus)penso em passos de (Mu)dança



Nelson Rodrigues



"O marido não deve ser o último a saber. O marido não deve saber nunca."


"Dinheiro compra tudo. Até amor verdadeiro."

"Certas esposas precisam trair para não apodrecer."

- Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.

"O brasileiro é um feriado ".



"O Brasil é um elefante geográfico. Falta-lhe,porém, um rajá,isto é, um líder que o monte".



"Sou a maior velhice da América Latina. Já me confessei uma múmia, com todos os achaques das múmias".



"Toda oração é linda. Duas mãos postas são sempre tocantes,ainda que rezem pelo vampiro de Dusseldorf".



"O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota"



"Na vida, o importante é fracassar"



"A Europa é uma burrice aparelhada de museus".



"Hoje, a reportagem de polícia está mais árida do que uma paisagem lunar. O repórter mente pouco, mente cada vez menos".



"Daqui a duzentos anos,os historiadores vão chamar este final de século de "a mais cínica das épocas". O cinismo escorre por toda parte,como a água das paredes infiltradas".



"Sexo é para operário".



"O socialismo ficará como um pesadelo humorístico da História".



"Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos".



"As grandes convivências estão a um milímetro do tédio".



"Todo tímido é candidato a um crime sexual".



"Todas as vaias são boas, inclusive as más".



"O presidente que deixa o poder passa a ser,automaticamente,um chato"



"Não gosto de minha voz. Eu a tenho sob protesto. Há, entre mim e minha voz, uma incompatibilidade irreversível".



"Sou um suburbano. Acho que a vida é mais profunda depois da praça Saenz Peña. O único lugar onde ainda há o suicídio por amor, onde ainda se morre e se mata por amor, é na Zona Norte".



"O adulto não existe.O homem é um menino perene".



"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakesperiana. Às vezes, num córner bem ou mal batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural".



"Nossa literatura ignora o futebol -e repito : nossos escritores não sabem cobrar um reles lateral".



"A coisa é a seguinte : escrever para mim, muito mais do que uma decisão profissional,é um destino.E screver é o meu destino ! Não é um caso de opção. Eu só tinha esta opção,uma vez que nasci assim".



"Nós, jornalistas, é que estamos mais obsoletos, mais fora de moda do que charleston, do que o tango".



"Eu não sou ninguém para dizer certas coisas, mas o bom no brasileiro é que ele, sem saber de nada, diz coisas horrendas".



"O brasileiro é um sujeito que gosta de fazer farra, é um desses que, em pleno velório, põe a mão na viúva".



"O que atrapalha o brasileiro é o próprio brasileiro. Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro".



"O carioca é esse sujeito fascinante só na base dos defeitos que tem".



"Diga-se de passagem que eu considero o brasileiro o maior sujeito do mundo. O europeu já está esgotado. O europeu tem na casa dele pires de mil anos. Escadas de mil anos. Tudo é velho pra burro. Já com o brasileiro é inteiramente diferente".



"É trágica a falta de imaginação da paisagem no país desenvolvido. O desenvolvimento é burro, ao passo que o subdesenvolvimento pode tentar um livre, desesperado, exclusivo projeto de vida".



"A única grã-fina do mundo é a Maria Antonieta. De então para cá nunca mais vi uma grã-fina. E muito menos uma grã-fina paulista que é gorducha, porque tem dinheiro à beça para comer".



"As entrevistas das estagiárias têm uma virtude rara: nunca saem".



"Acho chato viajar de avião, não quero voar, a não ser caso de vida ou morte. Tenho horror às viagens. A partir do Méier, começo a ter saudades do Brasil".



- O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: — o da imaturidade.



- Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.



- Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas.



- A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.



- O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.



- Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar.




- O homem não nasceu para ser grande. Um mínimo de grandeza já o desumaniza. Por exemplo: — um ministro. Não é nada, dirão. Mas o fato de ser ministro já o empalha. É como se ele tivesse algodão por dentro, e não entranhas vivas.



- Assim como há uma rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, rua Traidores da Pátria.



- Está se deteriorando a bondade brasileira. De quinze em quinze minutos, aumenta o desgaste da nossa delicadeza.



- O boteco é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele.



- A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades.



- Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — "Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!". Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!



- Em nosso século, o "grande homem" pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta.



- O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.



- Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento. É uma ressentida contra si mesma.



- Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca.



- Chegou às redações a notícia da minha morte. E os bons colegas trataram de fazer a notícia. Se é verdade o que de mim disseram os necrológios, com a generosa abundância de todos os necrológios, sou de fato um bom sujeito.



"Sem sorte, não se chupa nem um chica-bom. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha".



"Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam".



O rico e o pobre são duas pessoas

O soldado protege os dois.

O operário trabalha pelos três.

O cidadão paga pelos quatro.

O vagabundo come pelos cinco.

O advogado rouba os seis.

O juiz condena os sete.

O médico mata os oito.

O coveiro enterra os nove.

O diabo leva os dez.

E a mulher engana os onze

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ela Mudou


Decidir ser feliz, nada adicionar à infelicidade da humanidade, nem mesmo uma queixa, um pensamento... Vontade de não perturbar, de não magoar. Não é ainda o amor nem a sabedoria, é o começo de uma nova vida. O que para mim, já é o heroísmo.

terça-feira, 2 de março de 2010

Solidão Amiga


Quem não se deleita com a Paz do silêncio?